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Às 23h50 de segunda-feira (30) começou o assalto a uma agência do Banco do Brasil no centro de Criciúma, sul de Santa Catarina. Um grupo fortemente armado invadiu a tesouraria regional de um banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, usou reféns como escudos e atirou várias vezes.
A ação é inédita no estado, pela dimensão e violência, segundo o delegado Anselmo Cruz, titular da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina.
Veja a cronologia do caso, segundo apuração inicial da polícia:
Batalhão de Polícia Militar foi alvo de tiros e um veículo foi incendiado em Criciúma — Foto: Janniter de Cordes/ NSC.
Criminosos com armas de grosso calibre e embarcados com cerca de 10 veículos lançaram um caminhão em frente ao 9º Batalhão da Polícia Militar e atearam fogo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo tinha placa da cidade de Dumont (SP) e foi atravessado no túnel do morro do Formigão, na BR-101, na cidade de Tubarão.
O veículo foi incendiado. Também foram espalhados miguelitos (apetrechos de metal capazes de furar pneus de carros) para dificultar a ação da polícia e dos bombeiros.
Os criminosos atiraram em direção ao batalhão, mas nenhum policial militar foi atingido.
Houve troca de tiros entre criminosos que estavam em outro carro e policiais que estavam em uma equipe de Rádio Patrulha e outra do Pelotões de Patrulhamento Tático (PPT). Eles se cruzaram na altura do Shopping Criciúma.
Durante a troca de tiro, o soldado Jefferson Luiz Esmeraldino foi atingido. Ele passou por uma cirurgia e está internado no Hospital São José. Segundo a polícia, seu estado é estável porém “ainda preocupante”.
Reforços foram solicitados ao Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC).
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Os criminosos seguiram em direção ao Centro de Criciúma e fecharam ruas, abordaram veículos e iniciaram uma série de disparos de arma de fogo.
Quadrilha usou reféns para bloquear ruas em Criciúma e bloquear a aproximação da polícia — Foto: Reprodução / TV Globo
Os criminosos utilizaram explosivos para efetuar o roubo de uma agência do Banco do Brasil, na Avenida Getúlio Vargas, e os disparos ainda continuavam.
Seis trabalhadores do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma foram feitos de reféns. Segundo a prefeitura, três deles foram obrigados a auxiliar no carregamento dos malotes de dinheiro do banco até os veículos dos criminosos.
Os funcionários da prefeitura foram rendidos, obrigados a tirar as camisas e sentar na faixa de pedestre a poucos metros da agência bancária que foi alvo dos bandidos para dificultar a ação da polícia.
De acordo com Paulo Borges, coordenador do DTT, os servidores estavam fazendo a pintura de faixas e sinalização da via, por volta da meia-noite, quando foram abordados pelo grupo encapuzado.
Parte do dinheiro ficou espalhada pelas ruas. Valor levado e abandonado não foi calculado até a última atualização desta reportagem.
A prefeitura pediu ajuda a batalhões da Polícia Militar de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do Sul.
Dinheiro abandonado no chão em Criciúma — Foto: Reprodução/Twitter
Quatro homens foram detidos pelo furto das cédulas abandonadas pelos criminosos. Segundo a Polícia Civil, eles foram encontrados em um apartamento com mais de R$ 810 mil dentro de duas malas.
Dois suspeitos de 24 anos e outros dois de 27 e 28 anos devem ser encaminhadas ao Presídio Regional. Além disso, a polícia encontrou espalhado pelas ruas cerca de R$ 300 mil.
Segundo o delegado regional Vitor Bianco, os carros utilizados são de “alta potência e grande valor comercial”, de marcas como Audi, Land Rover, BMW, Mitsubishi e Volkswagen.
Alguns tinham placas de São Paulo, mas até a publicação desta reportagem a polícia não sabia se elas eram verdadeiras ou falsas.
Quatro artefatos explosivos foram desativados pelo esquadrão de bombas do cobra. Três estavam nas proximidades da Praça do Congresso e um na agência do Banco do Brasil.
Cronologia do assalto a banco em Criciúma — Foto: Arte G1